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Sadie

23 dez

Esta bailarina provou que que é possível emagrecer com a dança do ventre. Aos 14 anos era bem gordinha e procurou academias de ginástica e natação para eliminar os quilos a mais. Ela conseguiu, mas a famosa “barriguinha” permanecia ali.

Neste momento, Sadie fez a conhecida piada dizendo que deveria fazer dança do ventre já que possuía barriga. E começou a ter aulas no Colorado, Estados Unidos.

A paixão crescia em cada aula e a barriguinha foi diminuindo. Viajou diversas vezes para a Turquia, onde aprendeu a tocar derbake com Souhail Kaspar. Depois disso, Sadie não parou por aí. Quis aprender de tudo: desde o samba brasileiro, dança indiana dentre outras modalidades.

“Você tem que saber brincar com todos os músculos do seu corpo e trabalhá-los em cada movimento. Aos poucos você vai desenvolver totalmente a dissociação corporal. Eu treino como se tivesse tocando o ritmo com a minha barriga. Você pode começar a treinar deitada com a barriga para cima e brincar com a respiração, depois tente de lado e até mesmo em pé. O segredo é o treino”, disse a bailarina ao lançar um de seus inúmeros dvds sobre o trabalho do abdômen na dança do ventre.

Falando em dissociação corporal, Sadie já apareceu na nossa videoteca quando discutimos este tema.Veja aqui.

Seu estilo é único. Podemos até dizer que Sadie é a fusão de tudo. Ela assume que não segue as egípcias, mas confessa que o estudo destas bailarinas é muito importante.la afima que busca treinar a técnica e que o esitlo aparece por si só.

É impressionante assistir a alguns dos vídeos no youtube. Geralmente, Sadie opta por apresentar ao ritmo do derbake para mostrar toda a sua técnica. Dificilmente vemos um vídeo mais clássico. Mas encontramos ela dançando Zeina.

Para as amantes de derbake, eis o que o corpo humano é capaz de fazer.

Encerramos este post com a dica de Sadie para as iniciantes na dança do ventre:
Divirta-se e não tenha medo de rir de você mesma. A gente sempre se acha engraçada e até patética quando estamos aprendendo os primeiros movimentos. Não tenha medo de experimentar os passos e depois criar os seus. Apenas ligue a música e observe o que você é capaz de fazer”.

Quer mais vídeos dela? Clique aqui e confira.
Acesse o site desta bailarina (em inglês) e veja fotos, vídeos e entrevistas.

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Balé e dança do ventre

22 dez

Engana-se quem pensa que a fusão entre o balé e a dança do ventre é algo novo. Estima-se que as primeiras adaptações da dança clássica ao mundo árabe surgiram na década de 30.

Além disso, é só pensar na meia ponta, nos giros e alguns deslocamentos que percebemos semelhanças entre essas duas modalidades.

Mas quem influenciou quem? Foram as russas as responsáveis pela entrada do balé na dança do ventre enquanto viajavam pelo oriente médio. As bailarinas orientais ficaram impressionadas com a postura e leveza que resolveram adaptar algumas coisas.

Com o passar do tempo, a fusão foi aumentando e hoje vemos bailarinas como a Sabah (em breve aqui no Cadernos) que sobem na sapatilha de ponta durante apresentações de dança do ventre.

Existem claras diferenças no aprendizado dessas duas danças. Geralmente se aprende o balé ainda criança. Desde cedo, corrige a postura e até mesmo a pisada do pé.

Muita disciplina é exigida da bailarina e a briga pela magreza costuma imperar em muitos estúdios de dança. Já na dança do ventre, o interesse costuma aparecer mais tarde, na adolescência ou até mesmo quando a mulher chega à fase adulta.

A busca da autoestima, uma maneira de perder a timidez e até mesmo resgatar a feminilidade são as razões mais comuns para a procura pela dança do ventre. Mas esta não é a principal diferença e sim na postura. No balé, o corpo é um bloco só.

Estrutura rígida entre quadril, coluna e peito. Já na dança do ventre, a dissociação corporal é fundamental. Talvez esta seja a razão que muitas mulheres acreditam ser impossível juntar balé com dança do ventre. Mas como dito no início do post, podemos “pegar” alguns macetes do balé.

Se você não tem a formação nesta área, não ouse usando sapatilhas de pontas que você pode se machucar. O vídeo da bailarina Sasha Holts mostra como o balé pode aparecer fundido à dança do ventre sem causar danos à sua coluna.

Gostou da fusão? Quem tiver mais informações ou vídeos sobre este tema, deixe aqui nos comentários.

obs: Este post teve a participação do blog: dos passos da bailarina

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Nagwa Fouad

12 ago

Inovadora, moderna, dedicada e apaixonada são características da egípcia Nagwa Fouad. A bailarina, que começou a carreira na década de 50, continuou em atividade até meados dos anos 90. Aperfeiçoava sua técnica explorando fusões na dança, arte que exercia com tanto carinho.

Filha de um egípcio e uma palestina, nasceu em 1942, em Alexandria, com o nome de Awatef Mohammed El Agamy. Assim como outras bailarinas, começou a carreira no Cairo, para onde se mudou na época em que completou 15 anos para trabalhar como telefonista da Orabi, agência de cinema.

Foi o próprio Orabi quem a incentivou a seguir profissionalmente na dança. Ela começou nas casas pequenas e, no início dos anos 60, já dançava nos famosos Sahara City e Auberge des Pyramides. Nagwa teve uma formação consolidada, fez a Mazloum Dance School e entrou para a National Dance Troupe, grupo folclórico. Assim, conseguiu estudar balé, jazz, dança contemporânea, além de dança egípcia clássica e folclórica. “Peguei o estilo de dança de Tahia Carioca e de Samia Gamal e criei um espetáculo teatral, como uma peça dramática,” afirma a própria bailarina

Sua história também foi marcada pelo cinema (foram mais de 350 participações, veja uma aqui), após ter atuado no filme “Sharei El Hob”. Nesta ocasião, ela dançou a música “Olulu”, de Abdel Halim Hafez.

Na opinião de Hossam Ramzy foi “o mais perto que podemos chegar à demonstração mais natural de uma verdadeira mulher egípcia comum (na melhor definição da palavra comum) que uma jovem poderia fazer. Perfeitamente inocente, cheia de amor, emocionalmente bem expressa, traduzindo todos os pontos da música de forma maravilhosa e retratando o enredo com um desempenho profissional que precisaria ser visto para ser acreditado”. Em outra ocasião, Hossam afirma que chorou de emoção ao ver a moça dançando ao vivo.

Nagwa também reúne outro feito, afinal são poucas as bailarinas que ganharam músicas de homenagem. “Qamar Arbaa-tashar” foi composta sob medida para ela por Mohamed Abdel-Wahab. Outros clássicos também foram feitos para ela. Você se lembra da “Shik-Shak-Shok“? Pois é, esta e outras como Ali Loze, Amar Arbaatasher, El Saidi, Naasa e Mashaael estão na lista.

Em tantos anos de carreira, reuniu muitas pessoas. Sua banda era composta pelos melhores e o grupo chegou a ter 35 músicos, 12 bailarinos, figurinista e coreógrafo. No vídeo abaixo, repare como ela sempre mantém a postura alongada, embora com braços relaxados e como prefere as ondulações como oitos e redondos emendados com pivôs. Apesar disso, quando utiliza batidas prefere fazê-las com muita intensidade.

Quer mais vídeos? Acesse o nosso canal no Youtube.

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