A coisa mais comum na dança do ventre é ver as mesmas músicas repetindo-se em uma, duas, três…mil apresentações. Mas isso não é de todo mal, certo? É claro que inovar é sempre muito bacana, mas mesmo quando a música é igual a performance muda sempre.
Isso fica ainda mais evidente quando as bailarinas possuem estilos diferentes de interpretação. Para falar sobre este tema, vamos fazer um exercício hoje. Selecionamos bailarinas qualificadas e famosas em “Ana Bastanak”, uma das canções mais repetidas e usadas.
Dalila, do Cairo, faz marcações intensas, porém contidas, principalmente no quadril. Aproveita bastante os floreados da música para marcar com shimies ou twists. Faz transições grandes de uma lateral para a outra. Sente e interpreta a música cantando.
A russa Aida Bogomolova, por sua vez, opta por mais deslocamentos, com giros e variações de planos (baixo, médio e alto). Usa mais ondulações, o quadril é mais marcado e grande.
Já Lulu Sabongi opta por uma atuação intermediária entre as duas anteriores que citamos. Note como ela explora muitos tremidos e começa a música com uma interpretação mais interiorizada. Em seguida, abre a postura e o sorriso, desloca-se e faz passos mais modernos, incorporados do balé, como arabesques. Assim como Aida, ela se movimenta bastante no palco e usa o plano médio com pivô, mas suas marcações de quadril lembram mais as da egípcia.
Este é um exercício bastante divertido de fazer e vamos voltar a repeti-lo por aqui. E é fundamental para nós, que ainda somos alunas, criarmos o nosso próprio estilo. E você, com qual das três mais se identifica?
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