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Videoteca: Alf Leyla wa Leyla

11 fev

Podemos arriscar e dizer que a música Alf Leyla wa Leyla, de Oum Kahtoum, é uma das mais escolhidas para dançar um clássico de dança do ventre.  Seja por sua estrutura simples, pela beleza dos arranjos ou pela variedade de edições possíveis, digitar este nome no youtube é ver que tem muita gente, de amadora a profissional que adora esta música.

Por isso, escolhemos falar dela para seguir o post da semana passada: uma música, várias interpretações. Mas notem que a música pode aparecer com diferentes edições em cada vídeo.

No primeiro, vemos a argentina Saida. A banda é maestrada por Mario Kirlis e esta bailarina optou por iniciar sua dança já no início do palco.

Sua dança começa mais contida, com pequenos toques árabes e tremidinhos.  Os giros aparecem, mas a dança está bem centrada no palco. Básico egípcio é o passo mais usado pela Saida nesta apresentação.

A canadense Aziza (que já apareceu em nossa videoteca) também começa a dançar já no palco. A versáo da música é em cd. Ela marca mais as nuâncias da música e intercala muito quadril e peito.Sua dança é menos marcada que a da Saida.

A americana Nasila dança com banda ao vivo. Mas ao contrário de Saida, o instrumento que predomina em Alf wa Leyla wa Leyla náo é o derbake, mas sim o violino. Por isso, movimentos ondulatórios imperam nesta apresentação.

Para finalizar este post, escolhemos o vídeo da bailarina Maiada e suas alunas dançando esta música. Aqui o que mais chama a atenção é o efeito de um grupo dançando, com  alguns intervalos de destaque à professora.

Jazz e dança do ventre

12 jan

Acredita-se que esta fusão seja a menos percebida pelas estudantes da dança do ventre porque as entradas, deslocamentos, giros e finalizações costumam ser atribuídos à criatividade da bailarina. Pode até ser, mas não podemos deixar de destacar que tudo isso tem origem no jazz dance.

Como aconteceu esta fusão? Mais uma vez é culpa das norte-americanas. Desde o início, o jazz dance se destacou por seu dinamismo dos espetáculos tanto ao vivo quanto no cinema, nos famosos musicais. Quando as egípcias viajaram para os Estados Unidos e começaram a difundir a dança do ventre nos teatros da Broadway e cinemas, o encontro foi inevitável.

O que vemos em comum entre estas duas modalidades de dança? Transferência de peso do corpo, locomoções e giros. Obviamente que as duas danças puras apresentam estes elementos de formas muito diferentes, mas para entender como se fundiram é bom ressaltar as semelhanças.

O jazz, assim como a dança do ventre, utiliza a técnica de dissociação corporal. É um pouco mais exagerado, com explosões e amplitude nos movimentos enquanto que na dança árabe é tudo mais contido.

A improvisação é uma característica marcante do jazz, tanto dos músicos quanto da dança. Será que foi a partir daqui que as bailarinas de dança do ventre começaram a deixar trechos de sua coreografia para o improviso? Um bom palpite.

Normalmente, como dito acima, não se vê esta fusão tão claramente. Alguns passos estão tão incorporados que não sabemos que a origem deles vem do jazz, mas algumas bailarinas gostam de mostrar que sabem o que é jazz e dança do ventre e durante suas apresentações mesclam passos típicos do bellydance com movimentos fortes do jazz.

E geralmente a música escolhida é do Michael Jackson – famosíssimo pelos passos de jazz em seus shows e videoclips – , pura ou mixada com batidas árabes.

Escolhemos dois vídeos para ilustrar. O primeiro é a apresentação de comemoração a um ano da escola Luxor de dança do ventre – Unidade Penha. Nela, vemos as bailarinas Zohara, Renata(formada em Jazz) e Aziza. Divirta-se com a mixagem da música e passos.

Abaixo, conferimos a encantadora Luciana Guerra. Este vídeo foi indicado pela leitora Leiliane , via twitter, antes mesmo de começarmos este post sobre o belly jazz.

Você conhece mais vídeos com fusões do jazz com a dança do ventre? Tem mais informações a respeito? Deixe aqui nos comentários.

Veja + Fusões aqui

Fonte: UMA POSSÍVEL HISTÓRIA DA DANÇA JAZZ NO BRASIL, de Ana Carolina da Rocha Mundim e Estudo Histórico da Dança Jazz nos Estados Unidos, de Autora Evelyne Correia – PUCPR

Balé e dança do ventre

22 dez

Engana-se quem pensa que a fusão entre o balé e a dança do ventre é algo novo. Estima-se que as primeiras adaptações da dança clássica ao mundo árabe surgiram na década de 30.

Além disso, é só pensar na meia ponta, nos giros e alguns deslocamentos que percebemos semelhanças entre essas duas modalidades.

Mas quem influenciou quem? Foram as russas as responsáveis pela entrada do balé na dança do ventre enquanto viajavam pelo oriente médio. As bailarinas orientais ficaram impressionadas com a postura e leveza que resolveram adaptar algumas coisas.

Com o passar do tempo, a fusão foi aumentando e hoje vemos bailarinas como a Sabah (em breve aqui no Cadernos) que sobem na sapatilha de ponta durante apresentações de dança do ventre.

Existem claras diferenças no aprendizado dessas duas danças. Geralmente se aprende o balé ainda criança. Desde cedo, corrige a postura e até mesmo a pisada do pé.

Muita disciplina é exigida da bailarina e a briga pela magreza costuma imperar em muitos estúdios de dança. Já na dança do ventre, o interesse costuma aparecer mais tarde, na adolescência ou até mesmo quando a mulher chega à fase adulta.

A busca da autoestima, uma maneira de perder a timidez e até mesmo resgatar a feminilidade são as razões mais comuns para a procura pela dança do ventre. Mas esta não é a principal diferença e sim na postura. No balé, o corpo é um bloco só.

Estrutura rígida entre quadril, coluna e peito. Já na dança do ventre, a dissociação corporal é fundamental. Talvez esta seja a razão que muitas mulheres acreditam ser impossível juntar balé com dança do ventre. Mas como dito no início do post, podemos “pegar” alguns macetes do balé.

Se você não tem a formação nesta área, não ouse usando sapatilhas de pontas que você pode se machucar. O vídeo da bailarina Sasha Holts mostra como o balé pode aparecer fundido à dança do ventre sem causar danos à sua coluna.

Gostou da fusão? Quem tiver mais informações ou vídeos sobre este tema, deixe aqui nos comentários.

obs: Este post teve a participação do blog: dos passos da bailarina

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