Dizem que a dança da espada surgiu como uma forma simbólica de libertação das mulheres, que em diversos contextos históricos, foram subjulgadas pelos homens. Assim, elas começaram a dançar com estas armas de guerra, símbolos da violência e do poder com movimentos sinuosos, delicados e com equilíbrio, mostrando total controle do objeto. A lição de moral é muito bela e representativa: “Você controla a minha vida, mas não o meu espírito.”
Outra versão, indica que a dança é uma homenagem à deusa egípcia Neit, considerada protetora, caçadora, guerreira e que abria caminhos. Outras afirmam que as mulheres tomavam as espadas dos guerreiros e guardas no final da guerra e equilibravam no seu corpo para demonstrar que eram melhores como acessórios do que como armas.
Há também quem diga que elas dançavam assim como uma espécie de agradecimento ou celebração da vitória na guerra. Neste sentido, a dança reflete a luta dos árabes pela terra. Por fim, outra lenda conta que elas precisavam demonstrar habilidades para seus reis. Independente da origem, esta da dança demonstra habilidade, técnica de dissociação perfeita e total controle do corpo – ou como propõe a primeira lenda, do espírito- da bailarina.
A espada
A espada pode ser de diversos materiais e ter vários pesos. Em geral, são prateadas. As egípcias e argentinas são mais pesadas e possuem desenhos e ornamentos tanto no cabo quanto no metal. Aqui no Brasil, você encontra também as opções em inox, com menos detalhes e muito mais leves. Para motivos ilustrativos, você pode comparar as diferenças de forma e modelos das espadas em sites como este.
Você pode escolher entre espadas com chanfradura, lixa ou parafina no chamado ponto de equilíbrio, região na qual você deve equilibrar a espada. O cabo pode ser em metal, madeira ou com acabamento em couro. Cuidado com as lixas, que podem quebrar todo o seu cabelo, ainda mais se você tiver dificuldade de equilibrá-la. Uma espada boa pode variar de 100 a 300 reais.
Dança com espada
A bailarina pode usar a espada para fazer poses ou equilibrá-la na cabeça, mãos, cintura, abdômen, ombro, coxa, pés e onde mais a sua imaginação deixar. É utilizada em músicas lentas, por isso, é comum ver oitos, redondos e outros movimentos sinuosos como os camelos e ondulações durante a apresentação. Porém, é comum ser usada em danças de chão e em derbakes, com shimis e marcações. Nos deslocamentos, é usada principalmente com giros.
No vídeo abaixo, você pode ver na prática como é a dança da bailarina Carlla Silveira, que faz uma graciosa apresentação em Aracajú. Na nossa conta do Youtube, você também pode ver a argentina Angeles Cayunao dançando com duas espadas e a brasileira Lili Zahira dançando no Dunas bar.
A necessidade de provar o controle da espada fez com que, recentemente, algumas apresentações fiquem parecidas com espetáculos circences, com pouca dança. E você, gosta das apresentações com acrobacias? Ou prefere com mais passos de dança?
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Véu leque.dançando c este véu.
Olá
Adorei as informações, fotos e videos contidos aqui, parabéns a todos pelo trabalho!
Espero poder fazer parte recebendosempre novas mensagens.
beijos!
Olá bom dia! tenho uma dúvida, é normal que a espada propriamente dita tenha uma certa mobilidade em relação ao cabo? comprei uma linda espada de segunda mão que tem essa mobilidade. É perigoso ou geralmente todas tem?
Abraços