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Fusão com dança indiana

16 mar

Difícil encontrar alguma amante de dança do ventre que nunca tenha ouvido a música do vídeo acima. “Nari Narein” é uma das inúmeras canções que ilustra a fusão da dança do ventre com a dança indiana moderna.

O cantor, Hisham Abbas, é egípcio enquanto que a voz feminina é comandada pela indiana Jayashri. Ele canta em árabe e ela em hindu.

O que importa deste vídeo no post são as características da dança Kathakali, estilo de dança mais teatral misturado às artes marciais de Kerala (terra dos templos).

A fusão estourou depois que o cinema de Bollywood ganhou muito destaque e a maior parte dos filmes da indústria cinematográfica indiana é musical. Para aumentar a popularidade, é costume lançar o single antes mesmo da estreia do filme para medir o impacto com o público.

Nesta fusão podemos encontrar músicas clássicas, como o odissi, mas o moderno aparece bastante como no caso do vídeo que abriu este post.

As música são remixadas bem como o estilo da dança. Eis que a dança do ventre aparece como uma forte aliada ao Bollywood.

Mais uma vez usamos como exemplo o grupo The Bellydance Superstars. A coreografia chama Bombay Hollywood. Logo de cara somos apresentadas à uma fusão tribal, com a roupa típica, mas um véu na cabeça.

Vemos também as bailarinas com roupas típicas indianas, bem coloridas, mas com a barriga levemente de fora e com o véu da dança do ventre na cabeça adaptado à fusão.

O início da coreografia puxa para o tribal. Mas logo vemos os movimentos indianos executados de forma mais lenta. A seguir, entra o grupo mais colorido que iniciam a dança com reverência, da mesma forma que era realizado em Kathakali.

A ênfase em movimentos com a cabeça, mãos e pés destaca a dança indiana. E de repente, surgem as batidas de quadris, tremidinhos, mas nunca movimentos ondulatórios que costumam aparecer no odissi ou logo na introdução com as tribais.

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Odissi e dança do ventre

2 fev

No vídeo acima vemos a bailarina Nandini Ghosal dançando o odissi. O odissi é uma das sete danças clássicas indianas. Originário do leste da Índia, nasceu no templo de Mhari, no estado de Orissa, centro de arte e cultura. Neste templo garotos (isso mesmo, meninos) dançavam com trajes femininos.

O odissi é como a música clássica da dança do ventre. Possui fases. No caso da indiana, são seis.

A primeira é uma reverência à terra e à oração. A segunda é conhecida como Batunriya e é iniciada por um ritmo mais lendo que é acelerado gradualmente.

Depois vem as oferendas ao Senhor, com tomadas do sâncrito. Aí chega a fase Pallavi, onde os gestos típicos chamados de Hastaks aparecem de acordo com a música.

A próxima etapa é a expressão com os olhos. Depois o ritmo aumenta e atinge seu clímax chegando ao final da dança.

Sua principal característica é a dissociação corporal e sua função é equilibrar o masculino e o feminino através dos gestos usados nesta dança.

Cada passo e gesto possui uma técnica diferente que trabalha a coordenação motora completamente por trabalhar pés, olhos, pescoço,  braços e mãos separadamente.

Talvez seja por isto que foi fácil criar a fusão entre dança do ventre e odissi.

O odissi costuma ser apresentado sozinho, dificilmente vemos duplas ou grupos dançando. A não ser que ela apareça como uma fusão ou seja apresentado em grandes shows.

Veja uma apresentação dupla, que infelizmente não sabemos os nomes das bailarinas.

No vídeo abaixo, vemos duas Bellydance Superstars dançando esta fusão.

Os trajes são chamados de Sari. São feitos de seda com abertura para os braços . Costuma usar cintos de prata e muitos enfeites. Os cabelos são sempre presos em forma de nó e adornados com pérolas.

É importante ressaltar que a fusão deve ser harmoniosa. Combinar os elementos das duas danças e tentar evitar ficar com um estilo só. Claro que isso existe muito estudo.

Há outra fusão da dança do ventre com a dança indiana moderna que iremos abordar em outro post.

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Amar Gamal

22 jul

Nascida em Cuba, Amar Gamal morou na Flórida quando era adolescente e com apenas 13 anos já dançava em uma companhia de dança do ventre chamada “Mid-Eastern Dance Exchange”, em Miami. Lá, ela foi aluna de Tamalyn Dallal (em breve no Cadernos). O talento da cubana aflorou e Amar Gamal foi a primeira bailarina a apresentar as técnicas da dança do ventre na New World School of the Arts (NWSA), escola tradicional de dança e artes perfomáticas. Foi aprovada e, durante sua permanência, aprendeu ballet, jazz, sapateado, flamenco e dança moderna.

Apesar de uma formação parecida com a da Jillina, Amar tem um estilo próprio. Quando não usa acessórios, sua dança quase não apresenta deslocamentos e seus movimentos são delicados, apesar de grandes. Sempre veremos tremidinhos, shimmis e camelos abdominais de tirar o fôlego, mas os braços ficam em posições mais básicas. É na música que encontramos toda a sua formação pluralista, tudo com uma pitada a mais de moderno: baladi, saidi, jerk e até fusões com andaluz e tecno. Quando tem derbake, não é nada tradicional.

Amar já ganhou duas vezes o “Miss America of the bellydance” e uma vez “Bellydance Break Beats”, premiações de São Francisco e Los Angeles, respectivamente. No Egito, já chegou ao segundo lugar do pódio no festival Ahlan Wa Sahlan.

Em 1998, co-fundou com Kaeshi o grupo Bellyqueen, em Nova Iorque, EUA. Esta companhia já viajou pelo país afora, passando por Canadá, Europa e Ásia. É o grupo que mais viaja, depois do Bellydance Superstars. Aliás, Amar foi escolhida como uma das seis solistas do grupo em 2002 e participou da gravação de cds e do dvd lançado em 2005, um show feito em Paris. Foi nesta época que ficou mundialmente famosa e passou a viajar o mundo ministrando aulas e seminários.

No vídeo, ela dança um baladi moderno.

Gostou dela? Assista outra apresentação no nosso canal no youtube.

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