Competência, técnica apurada, sensualidade e mastria são algumas características que aplicam-se a diversas excelentes profissionais, professoras e bailarinas da dança.
Porém, desta vez vem à tona para falar de um argentino famosíssimo que também ajudou a revolucionar a história da dança do ventre no mundo.
Amir Thaleb, nascido em Mar Del Plata em 1963, saiu da Argentina para conquistar o mundo. Já passou pelo Brasil, Paraguai, Chile, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Equador….lá das Américas de cima passou pelo México, Estados Unidos, Canadá. Já do outro lado do oceano, chegou à Coreia, Taiwan, Rússia, isso sem falar nos europeus e claro, Egito, entre outros tantos. Muito premiado, inclusive com condecorações da UNESCO, além de professor e bailarino, é autor do livro “The hidden language of the Vintage Belly Dance” e já dançou ao lado de grandes nomes da dança como Nagwa Fuad, Farida Fahmi, Mahmoud Reda, Tito, Randa Kamel, Raqia Hassan, Jillina…
Antes de se tornar o que hoje você já sabe, Amir teve aulas com seu pai e aos três anos já tinha subido em um palco. Também foi aluno de Name (Egito), Enric Castan (Espanha), Adolfo Andrade (França) Carlos Palacios e Mauricio Rinaldi (Argentina). Na Argentina, também teve oportunidade de estudar com Novich, Beatriz Shkraiber, Ricardo Rivas, Hector Louzau.
Fez aulas de diversos estilos de dança, mas no começo teve dificuldades, pois não havia escolas de dança egípcia e folclórica no país. Seu trabalho é tão qualificado e difundido que é usado em escolas do mundo todo como “The Thaleb Technique”. É considerado o pai da dança do ventre de estilo argentino, marcado principalmente pela interpretação, herança possivelmente original do tango. Se quiser saber mais sobre a sua biografia, entre no livro virtual com a sua história completa.
Ele fundou a escola Arabian Dance School, coordena a Arabian Dance Company e promove os Encuentros Internacionales de Danzas Árabes (EIDA). Defende as fusões, mas acha que é necessário respeitar a dança original.
Amir acha que o que o diferencia é um trabalho intermediário entre a dança do ventre praticada pelas mulheres e a mera imitação feita pelos homens. Em entrevista, afirma que “Eu busquei um ponto intermediário, nem folclórico – embora respeitando as raízes – mas com a soltura que se permite a mulher, desde o vestuário, a atitude e os movimentos. Sempre respeitando a energia natural do homem. Defendo que o homem é muito sensual, muito erótico e harmonioso, sem necessidade de imitar a mulher.” Falou tudo, hein? Quer a íntegra, então acesse aqui.
Analisando a sua dança é possível notar exatamente isso. Suas performances são perfeitas em técnica, criativas e originais. Sempre vemos em Amir uma sensualidade pronta para explodir a qualquer instante, mas é sutilmente diferente daquela que exala das bailarinas. Consegue explorar tanto a novidade quanto o que a dança do ventre possui de mais clássico.
Um mestre para ser estudado. Aproveitem!
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