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Amir Thaleb

28 jul

Competência, técnica apurada, sensualidade e mastria são algumas características que aplicam-se a diversas excelentes profissionais, professoras e bailarinas da dança.

Porém, desta vez vem à tona para falar de um argentino famosíssimo que também ajudou a revolucionar a história da dança do ventre no mundo.

Amir Thaleb, nascido em Mar Del Plata em 1963, saiu da Argentina para conquistar o mundo. Já passou pelo Brasil, Paraguai, Chile, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Equador….lá das Américas de cima passou pelo México, Estados Unidos, Canadá. Já do outro lado do oceano, chegou à Coreia, Taiwan, Rússia, isso sem falar nos europeus e claro, Egito, entre outros tantos. Muito premiado, inclusive com condecorações da UNESCO, além de professor e bailarino, é autor do livro “The hidden language of the Vintage Belly Dance” e já dançou ao lado de grandes nomes da dança como Nagwa Fuad, Farida Fahmi, Mahmoud Reda, Tito, Randa Kamel, Raqia Hassan, Jillina…

Antes de se tornar o que hoje você já sabe, Amir teve aulas com seu pai e aos três anos já tinha subido em um palco. Também foi aluno de Name (Egito), Enric Castan (Espanha), Adolfo Andrade (França) Carlos Palacios e Mauricio Rinaldi (Argentina). Na Argentina, também teve oportunidade de estudar com Novich, Beatriz Shkraiber, Ricardo Rivas, Hector Louzau.

Fez aulas de diversos estilos de dança, mas no começo teve dificuldades, pois não havia escolas de dança egípcia e folclórica no país. Seu trabalho é tão qualificado e difundido que é usado em escolas do mundo todo como “The Thaleb Technique”. É considerado o pai da dança do ventre de estilo argentino, marcado principalmente pela interpretação, herança possivelmente original do tango. Se quiser saber mais sobre a sua biografia, entre no livro virtual com a sua história completa.

Ele fundou a escola Arabian Dance School, coordena a Arabian Dance Company e promove os Encuentros Internacionales de Danzas Árabes (EIDA). Defende as fusões, mas acha que é necessário respeitar a dança original.

Amir acha que o que o diferencia é um trabalho intermediário entre a dança do ventre praticada pelas mulheres e a mera imitação feita pelos homens. Em entrevista, afirma que “Eu busquei um ponto intermediário, nem folclórico – embora respeitando as raízes – mas com a soltura que se permite a mulher, desde o vestuário, a atitude e os movimentos. Sempre respeitando a energia natural do homem. Defendo que o homem é muito sensual, muito erótico e harmonioso, sem necessidade de imitar a mulher.” Falou tudo, hein? Quer a íntegra, então acesse aqui.

Analisando a sua dança é possível notar exatamente isso. Suas performances são perfeitas em técnica, criativas e originais. Sempre vemos em Amir uma sensualidade pronta para explodir a qualquer instante, mas é sutilmente diferente daquela que exala das bailarinas. Consegue explorar tanto a novidade quanto o que a dança do ventre possui de mais clássico.

No figurino, diferente de Tito Seif, por exemplo, você o verá com macacões, ora com transparências e um lenço na cintura, ora com tecidos mais grossos, pretos ou brancos, acompanhados da grandiosa capa. Nos pés, quase sempre vai de botas de cano longo.
Aqui no Cadernos, já destacamos o Amir na nossa videoteca, em um post sobre homens na dança do ventre. Hoje selecionamos três apresentações diferentes. Na primeira, você pode ver um Amir mais clássico, carregado de arabesques, posturas sempre alongadas (corpo e braços), delicado. Já no segundo, outro Amir, em uma onda mais pop e dando um verdadeiro show de solo de derbacke, daí não há quem segure os tremidinhos, batidinhas e brincadeiras com o público. Por fim, você verá um outro vídeo, em uma pegada mais raiz, com um figurino diferenciado e tradicional.

Um mestre para ser estudado. Aproveitem!
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Amara Saadeh

16 jun

A imagem de Amara está fortemente relacionada a Rede de Escolas Luxor, no Brasil e no exterior. Em 2002 ingressou como professora, mas em 2006 assumiu a coordenação das professoras da Luxor. É diretora artística, coreógrafa e bailarina. Porém, sua história na dança é mais antiga.

Começou a fazer balé com seis anos, depois se encaminhou para o jazz e só aos14 adança do ventre chamou a sua atenção. Formada em economia, esta bailarina sempre procurou se aperfeiçoar com mestres conhecidos como Raqia Hassan, Randa Kamel, Dina, Mahmoud Reda e Yoursry Sharif. Depois de firmar seu nome no Brasil, foi convidada para participar do Ahlan Wa Sahlan, no Egito, em 2007, evento do qual continua participando e levando o nome da rede. Também apresentou-se na Argentina, Chile, Colômbia, Espanha, México e Venezuela.

Há quem diga que a sua dança mudou durante estes anos todos. Se analisarmos a sua dança, é possível identificar influências da dança clássica e também do estilo egípcio. Esta é também uma opção muito utilizada para formação das professoras da rede Luxor e, segundo a própria bailarina, isso acontece porque não basta a técnica, mas o emocional e o sentimental também.

E pra quem não gostou da apresentação dela no Ahlan Wa Sahlan com o “Rebolation”, em entrevista, Amara explica que sempre precisa colocar um toque de brasilidade. Aliás, outra marca registrada sua é a franja loira em contraste com o cabelo escuro ou avermelhado. Costuma usar o tradicional conjunto de saia e bustiê e é comum ver apresentações com véu.

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Anasma

2 jun

Anasma é mais uma das bailarinas de dança do ventre que incorporou outros estilos à sua dança. Hip hop, salsa (que em breve veremos aqui), flamenco, jazz. dança africana, yoga e ainda mímica são as áreas que ela estudou muito antes de iniciar seus estudos na dança árabe.

Sua técnica de dançar é conhecida como “contadora de histórias”, ela vê a música como uma narrativa na qual ela desenvolve seus movimentos de forma cronológica. Ela faz isso porque acredita que a dança é a forma de expressão de si mesma mais pura que podemos encontrar e a maneira mais fácil de mostrar todas as nossas emoções.

Veja o vídeo de uma apresentação mais teatral:

Sua origem também é misturada. Metade turca e metade vietnamita, Asnama foi criada em Paris, na França. Vai ver que é por isso que para ela as fusão são bem mais fáceis de executar. Sua carreira iniciou cedo e desde 1997 se apresenta em festivais renomados, teatros, televisão, concertos pelo mundo afora.

Veja uma improvisação desta bailarina

Anasma tem a sua própria companhia de dança chamada Bellyqueen com a qual já lançou alguns dvds de shows e até instrutivos. Atualmente, é co-diretora da Conferência de Dança do ventre Teatral em Nova Iorque, juntamente com Ranya Renee, onde dirigem o espetáculo interativo: “Preparar, atenção e dançar!”

Quer ver mais? Acesse o site dela http://anasmadance.com/