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Amar Gamal

22 jul

Nascida em Cuba, Amar Gamal morou na Flórida quando era adolescente e com apenas 13 anos já dançava em uma companhia de dança do ventre chamada “Mid-Eastern Dance Exchange”, em Miami. Lá, ela foi aluna de Tamalyn Dallal (em breve no Cadernos). O talento da cubana aflorou e Amar Gamal foi a primeira bailarina a apresentar as técnicas da dança do ventre na New World School of the Arts (NWSA), escola tradicional de dança e artes perfomáticas. Foi aprovada e, durante sua permanência, aprendeu ballet, jazz, sapateado, flamenco e dança moderna.

Apesar de uma formação parecida com a da Jillina, Amar tem um estilo próprio. Quando não usa acessórios, sua dança quase não apresenta deslocamentos e seus movimentos são delicados, apesar de grandes. Sempre veremos tremidinhos, shimmis e camelos abdominais de tirar o fôlego, mas os braços ficam em posições mais básicas. É na música que encontramos toda a sua formação pluralista, tudo com uma pitada a mais de moderno: baladi, saidi, jerk e até fusões com andaluz e tecno. Quando tem derbake, não é nada tradicional.

Amar já ganhou duas vezes o “Miss America of the bellydance” e uma vez “Bellydance Break Beats”, premiações de São Francisco e Los Angeles, respectivamente. No Egito, já chegou ao segundo lugar do pódio no festival Ahlan Wa Sahlan.

Em 1998, co-fundou com Kaeshi o grupo Bellyqueen, em Nova Iorque, EUA. Esta companhia já viajou pelo país afora, passando por Canadá, Europa e Ásia. É o grupo que mais viaja, depois do Bellydance Superstars. Aliás, Amar foi escolhida como uma das seis solistas do grupo em 2002 e participou da gravação de cds e do dvd lançado em 2005, um show feito em Paris. Foi nesta época que ficou mundialmente famosa e passou a viajar o mundo ministrando aulas e seminários.

No vídeo, ela dança um baladi moderno.

Gostou dela? Assista outra apresentação no nosso canal no youtube.

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Jerk

19 jul

É muito difícil encontrar a origem do ritmo jerk, também conhecido como jark ou sherk. Se você souber, comente abaixo para aprendermos mais sobre esse ritmo que tem a estrutura familiar ao samba brasileiro.

Composição
É um ritmo de compasso 4/4 com três DUM e dois TA. Fica assim: DUM TA DUMDUM TA.

Características
É muito comum encontrar o jerk em músicas modernas, mas nada impede que a gente o escute em algumas clássicas e até mesmo em músicas populares. Costuma também ser tocado em solos de derbake com o ritmo puro, como demonstrado acima, ou floreado: DUM KAKATA TAKA DUM DUM TAKATA TAKA, o que pode modificar a velocidade dele para permanecer um ritmo 4/4.

Como treinar
Este ritmo pode ser tocado com snujs enquanto a bailarina dança. O DUM pode ser tocado com as duas mãos para que o som saia com mais intensidade ou com a mão direita. Pode ser a esquerda, se preferir. Depois, só tocar com a outra mão os TA. O jerk floreado costuma ser tocado pelos derbakistas, quase nunca por nós, bailarinas, tamanha a sua velocidade.

Dica de passos
O jerk apresenta característica de músicas pop, mesmo aparecendo em arranjos clássicos, mas quando é tocado é legal explorar movimentos modernos e mesclar com passos tradicionais. Uma dica é brincar com o básico egípcio sem ser da forma tradicional, parada e batendo o quadril com uma das pernas levemente colocada na frente da outra. Brinque com batidas para os lados, frente e trás, sendo que o seu pé acompanha a direção do quadril. Se preferir, use os passos para se deslocar enquando dança. Movimentos do jazz são bastante incorporados a este ritmo e, se você souber, dá até para sambar. Você pode marcar o ritmo inteiro, ou só os DUM ou TAs, com ombros, peito, cabeça etc., mas também é possível brincar com ondulações. Tudo depende da sua inspiração.

Selecionamos uma faixa do CD Jalilah’s Raks Sharki Vol 4 para mostrar o ritmo floreado e como ele aparece em duas músicas clássicas.

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