Tag Archives: Shafiqa Al-Qibtiyya

Shafiqah La Copta

10 mar

A história de Shafiqah La Copta é bem diferente dos contos de fadas das jovens bailarinas que ganham o mundo com a sua dança. Tudo bem, ela ficou famosa, fez sucesso, mas teve um final nada feliz.

Shafiqah decidiu começar a carreira quando ainda era bem jovem. Porém, sua família era contrária a este desejo. Por isso, ela precisava fugir para aprender a dançar. Aos 19 anos, tornou-se aluna de Shooq e dava suas escapadas de casa, dando a desculpa que ia à igreja. Isso não durou muito tempo,seus pais morreram cedo.

Começou a carreira em festivais folclóricos e depois entrou nas casas noturnas. Em1871, ela dirigia um grupo de músicos e bailarinas. Em 1917, participou da primeira Feira Internacional, em Paris, onde se classificou como primeira colocada.

Dizem que tinha tantos espectadores que jogavam moedas de ouro sobre ela durante suas apresentações e que chegou a usar sapatos de ouro e brilhantes. Nos anos 20 já fazia muito sucesso, mas mesmo assim, sua influência não se limitou ao mundo da dança. Durante a revolução de 1919, colaborou com revolucionários opositores ao domínio inglês.

Abriu a casa “Alf Leya”, também chamada de “1001 noites”. Porém, nem só de luxo viveu Shafiqah. Com muita fama e dinheiro, a bailarina que se tornou uma das mais ricas do Egito, viciou-se em cocaína e morreu, em 1926. Assim terminou a história desta importante bailarina que nascei em 1851, em Shobra, no Cairo.

Inovou inserindo na dança os famosos acessórios de equilíbrio, como candelabros, além de bandejas. Dizem que foi assim que começou a prática de usar os candelabros em casamentos. Além disso, dizem que ela abria espacates ao mesmo tempo.

Essa história toda você pode conferir no filme “Chafika El Kebteya” ou “Shafika the Copt”, dirigido por Hassan El Imam (no trecho do vídeo acima). O nome dela você também verá escrito de diversas formas: Shafiqah al-Qutubiah, el Koptiyva, Shafiqa Al-Qibtiyya, Shafie’a Qebtiyya, os nomes são muitos, mas o mito é um só.

 

Veja + Bailarinas aqui