Nestes trechos, a bailarina precisa acompanhar com extrema perfeição o som do instrumento, transmitindo pelo seu corpo as variações de velocidade, tensão e notas. Por isso, é preciso conhecer em detalhes a música e é fundamental ter muita sintonia com o músico, caso a apresentação seja ao vivo. Evite marcar o ritmo e priorize a melodia, com toda a sinuosidade e leveza.
Muitas pessoas consideram o taqsim uma conexão com o mundo espiritual. É um momento introspectivo. Quando bem feito é um dos pontos mais altos de uma apresentação.
Para ilustrar este tema, selecionamos um vídeo da lindíssima Nagwa Fouad, que já apareceu em uma biografia do Cadernos, no qual ela explora o taqsim em acordeão, tabla e kanoon.
Existem solos de taqsim dos mais diversos instrumentos, como o de violino, kanoon, alaúde, acordeão, nay, rababa, teclado e assim vai. Cada instrumento exige um tipo de movimento diferente. Por exemplo, o violino pede ondulações e, dependendo da extensão da nota, tremidinhos suaves. Já o kanoon exige um pouco mais dos tremidos, em especial quando combinados com outros passos. De qualquer forma, lembre-se de ficar centrada entre os públicos e de explorar movimentos com muita técnica e pouco deslocamento.
Por fim, fica uma dica bem interessante para quem quer aprender mais sobre o tema. O volume VI da série “A Arte da Dança do Ventre”, da Lulu Sabongi, é exclusivamente sobre a construção de um taqsim. No vídeo abaixo, Lulu fala especialmente dos tremidos em trechos de taqsim. Concentre-se, prepare o corpo e a cabeça para estudar bastante e comece a treinar!
Veja + Videoteca aqui
Esse video da Nagwa representou muito bem o taqsim. Muitas vezes esquecemos que o solo de percussão é um taqsim.
Beijos, lindo post.